10 março 2004

VITAMEDIAS

Depois de Ex-director do "DN" defende Ordem dos jornalistas, já comentado pelo Provedor Alternativo, eis uma nova investida: Dizer estas verdades aos jornalistas é como pontapear um ninho de vespas e suscita de imediato o habitual fogo cerrado de argumentos agitando o fantasma da censura e outros exageros do género. Normalmente, o argumento final é o de que a actividade jornalística está mais do que enquadrada porque em caso de violação da lei os jornalistas respondem perante os tribunais. É, no entanto, um argumento que ignora duas realidades. A primeira traduz-se no facto de actualmente os tribunais serem o corpo mais ineficiente de regulação da vida social em Portugal. A segunda – mais importante – é o facto de grande parte das questões que se colocam hoje ao exercício da informação não serem de ordem legal mas sim de ordem ética e deontológica, para as quais os tribunais não têm (nem devem ter) resposta.
[O autor ignora duas realidades:
- porque os tribunais não funcionam não é razão para se regular a "vida social em Portugal" à sua margem;
- a existência de um Código Deontológico" dos jornalistas...
Ora se os tribunais não devem ter resposta para questões éticas, se o problema é ético e deontológico, se o autor omite a existência de um código (referindo que a questão é deixada "ao livre arbítrio de cada um"...), só apetece perguntar o porquê destes textos? Porque não se explica claramente porque se quer meter os jornalistas na Ordem?...
Eu gostava de saber, até para perceber se é ou não bom ter uma Ordem dos Jornalistas. Mas não o consigo com textos destes.]