03 outubro 2003

VITAMEDIAS

É impressão minha ou isto é um "pacto de regime", vindo de quem não devia vir?...
SJ propõe pacto para cobertura de julgamentos por pedofilia: "deve ser avaliada caso a caso a abertura das audiências a jornalistas, desde que sejam assumidos compromissos que garantam, a um tempo, o acesso real à informação, a realização do julgamento em condições de serenidade e o respeito pelos direitos das partes, designadamente o da presunção da inocência e o da preservação da identidade das vítimas menores"; "tais compromissos devem ser formalmente estabelecidos, sob a égide da Alta Autoridade para a Comunicação Social e recolhendo o assentimento dos juizes e das partes, através de um pacto que vincule não apenas os jornalistas, através do Conselho Deontológico, mas sobretudo as empresas de comunicação social, através dos respectivos directores"; "Na eventual dificuldade dos tribunais em assegurarem fisicamente a presença de todos os interessados, o Sindicato defende que o acesso dos jornalistas (no número que os juizes determinarem, conforme as condições) poderá ser garantido através do sistema de "pool", designada por e de entre os órgãos de informação (representados pelos respectivos directores), cabendo a estes determinar as regras do seu funcionamento e as formas de transmissão dos elementos recolhidos, podendo o seu trabalho ser complementado por um porta-voz qualificado do Tribunal, através de "brieffings" regulares com todos os jornalistas interessados, destinados a esclarecimentos técnico-jurídicos".
Julgamento em risco de ter 'censura camuflada': A Associação dos Jornalistas Judiciários, "Justiça em Movimento", apresentou uma proposta ao juiz Pinto Albuquerque para abrir o julgamento de Carlos Silvino aos jornalistas, defendendo a presença de 10 profissionais.
No entanto, Ricardo Chega, responsável da "Justiça em Movimento", confrontado com a existência de uma outra proposta do Sindicato dos Jornalistas, que sugere a presença de apenas dois jornalistas no julgamento, que no fim escreveriam um texto com a sintese do que aconteceu, diz: "Já ouvi. E se isso acontecer será uma forma de censura camuflada".
Para Ricardo Chega, "se não se abrir a porta da sala de audiências, abre-se a porta da especulação e contra-informação".
[E porquê defender a presença de 10 profissionais e não 20 ou 30 ou 40, quando se condena os dois do SJ?...]