15 setembro 2003

VITAMEDIAS
A pior televisão é o melhor negócio: Se atentarmos em que, mesmo para crianças com cinco a seis anos, os pais não conseguem contrariar a tendência, e já só lhes resta lamentar-se, logo se evidencia a força irresistível do fenómeno televisão. [...]
A nossa civilização tem por isso um grave problema, com este poder imenso e sem controlo da televisão. De facto, sendo considerada o mais potente dos instrumentos de influência social na educação e na cultura de massas, ela escapa-se ao respectivo estatuto e responsabilidades. São em comparação muito mais controladas pelo Estado as escolas, privadas e públicas, do que as televisões, privadas e públicas. Ora, se estas são mais poderosas e ambíguas do que as escolas, difícil é justificar tão contraditório regime jurídico e político, entre o rigor do estatismo educativo escolar (em matéria de liberdade escolar de ensino e educação) e o laxismo do indiferentismo televisivo (em matéria de liberdade televisiva de informação e de cultura des/educativa).
[É quando leio estes discursos que me lembro da dedicatória de Douglas Rushkoff no seu "Media Virus": "To my mom and dad, for letting me watch as much TV as I wanted"...]
New season? I couldn't care less... I don't watch TV: I'm better than you. I didn't plan it this way, but you've made your choices and I've made mine. Let's accept the consequences.
I don't watch TV. That's not to say I don't own a television — I do. I simply choose not to watch it. People who don't own televisions are either anarchists or, worse, poor. There is a working television in my house, yet I choose — I elect — not to turn it on.
Yes, I suppose this lends my persona a certain scent of sophistication. If this is the price I must pay to free my central nervous system of the pabulum that passes for televised entertainment, so be it.