17 março 2003

ECO-TERROR
Morais Sarmento e Valente de Oliveira "Deviam, no Mínimo, Ter Pedido Desculpa ao Parlamento": A instituição de um padrão de comportamento em que faltas ao rigor e à verdade dos factos na gestão dos negócios públicos não é apontada, antes é tida como normal, é criticada fortemente por Luís de Sousa, investigador do ISCTE.
"A omissão de matérias no Reino Unido dá demissão", afirma Luís de Sousa sustentando que quer Morais Sarmento quer Valente de Oliveira "deviam, no mínimo, ter pedido desculpa ao Parlamento". Isto comentando o caso de o ministro das Obras Públicas, Valente de Oliveira ter protelado o envio à Assembleia da República do acordão do Tribunal Constitucional que ilibava o líder do PS e seu antecessor na pasta, Eduardo Ferro Rodrigues, de qualquer responsabilidade no incidente do Metro do Terreiro do Paço, em Lisboa.
Mas Luís de Sousa referia-se também o tipo de comportamento assumido pelo ministro da Presidência, Nuno Morais Sarmento, quer em relação às duas versões diferentes e contraditórias sobre as condições em que foi aprovada a Lei da Televisão - lei que foi dada como aprovada pelo Conselho de Ministros, depois de ter sido dito que este não tinha discutido o assunto, mas que aparece assinada pelo primeiro-ministro, que não participou nessa reunião -, quer em relação às declarações que prestou ao Parlamento sobre as despesas da RTP, em particular do programa "Acontece".