16 novembro 2002

VITAMEDIAS
Estilos: Eu sou capaz de resistir a enciclopédias e a dicionários, principalmente quando são caros ou quando é óbvio que não terei onde arrumá-los, mas não resisto a um livro de estilo. É certo que a designação me irrita um bocado; acho que deviam chamar-se livros ou manuais de redacção. O estilo é pessoal; se for colectivo (ou falsamente colectivo) é uma linguagem administrativa, desinteressante, baça e burocrática. «Livro de estilo» é expressão pomposa, indica autoritarismo e denota prepotência. Mas essa pretensão reguladora, que faz lembrar a UE quando se põe a determinar a dimensão de uma cana de pesca ou o comprimento ideal de um fósforo, tem aspectos fascinantes.